Em cartaz



Houve um tempo em que filmes chamavam atenção e a salas eram cheias, antes dos famosos shoppings centers, e no embalo de pôsteres e muita propaganda colorida, nosso tempo era gasto ou melhor aproveitado com filmes e peças teatrais. Agora, tempos modernos, temos Netflix e toda facilidade digital, quem se dispõe a sair para buscar os assentos do cinema ou outras atrações, sendo que há, principalmente nas cidades grandes, vários entraves, tais como: trânsito e violência urbana.

Ao nos conectarmos na Tv, rádio ou na internet, temos outras demandas que se fazem presentes com maior frequência. Nossa política tão escancaradamente, corrupta e nossos representantes legais envoltos aqui e ali, em esquemas de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, extorsão, prevaricação e toda sorte de mandos e desmandos em benefício próprio, domina de forma abrangente os noticiários de norte a sul, da nascente ao poente, em suas várias perspectivas ideológicas e maniqueístas.
 
Nunca na história da República o STF esteve tanto em evidência como nestes últimos anos, sessões plenárias televisionadas, habeas corpus julgados, liminares concedidas, embargos declaratórios e um sem número de denominações, que se tornaram comum nas falas populares, sem contar os nomes dos “onze” Egos do Supremo, que se tornaram mais conhecidos do que os filmes reprisados da sessão da tarde.

Nos pontos de ônibus, no restaurante, na fila do mercado, no salão de cabeleireiro, sempre há pessoas discutindo, debatendo ou conversando sobre o caos político, as decisões do STF, as eleições vindouras e toda matéria, que incansavelmente, a mídia expõe diuturnamente.

As novelas já não tem seu poder de atração de outrora, e não estou sendo saudosista, apenas realista. Os filmes deixaram a desejar e mesmo um bom enredo e um ótimo elenco não deslancha, devido os fatores culturais, sociais e tecnológicos envoltos em nossa atualidade. Vivemos uma fase de outras perspectivas e buscando alternativas, se bem que muitos ainda nem saibam ou que tanto procuram em siglas partidárias e segmentos sociais de luta pela cidadania, simplesmente aderem por uma comodidade, uma falsa e cínica ideologia ou apenas por um “apelo” midiático.

Muitas cobranças, reivindicações e manifestações ainda virão no decorrer deste ano, haja vista, se tratar de um ano crucial, por se tratar de eleições majoritárias, e todo processo anterior que desgastou a política como um todo. Há muitas opiniões e tensões acerca dos temas e também, muita intransigência de todos os lados, temos que ser mais seletivos e filtrar as informações para conseguirmos escolher e validarmos uma decisão nas urnas, pois senão corremos sérios riscos de este drama que vivemos transformar-se numa eterna saga.

Em cartaz: O cidadão.










 

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